quinta-feira, 6 de maio de 2010

Era uma vez uma estréia

Depois de um longo (porém apertado) processo, a estréia fica a algumas horas.
Fiz o som direto e a edição de som do Ocos!, direção do Pedro Garrafa. Se o som direto colocava vários 'sons atrás da orelha', a edição colocava uma paisagem sonora inteira!


A edição foi realizada da maneira mais rápida e eficiente o possível. Deixei para atrás alguns perfeccionismos, pois isso demandava tempo. Percebi depois que muitas coisas não eram 'perfeccionismos'.
O curta foi exibido no auditório do Centro Britânico no Brasil, em Pinheiros - bairro de São Paulo. Não houve tempo de eu conseguir algum outro estúdio para escutar o som, e isso me fez passar muita ansiedade. Ouvir o que se faz em outros lugares é sempre necessário, para que não ocorram surpresas.

Na estréia ocorreu tudo bem, com uma projeção em DVD. Alguns ruídos e alguns defeitos que não me agradavam na minha ilha de edição de som nem sequer deram as caras. Porém percebi que ainda tenho o mal da dinâmica de volumes - não pela falta, mas pelo excesso.

Em meu antigo emprego trabalhávamos mais com cinema, o que permite uma dinâmica de volumes maior. Creio também que pela minha formação eu procure essas camadas de intensidade, com o medo de criar uma imensa parede chapada de sons, mas ainda tenho que treinar a dinâmica para DVD.

Passei a automação de volume várias vezes, até que me lembrei do 'fator DVD'... decidi então ouvir tudo novamente com um volume de reprodução mais baixo, para aumentar a intensidade de algumas coisas e fechar mais essa perspectiva. Muitas coisas que eu fiz também invadiam a fronteira da mixagem, mas foi preciso - já que não haveria um processo posterior (mundo do baixo orçamento).

Não ficou do jeito que eu desejava. Mas acho que nunca fica.