
Novamente trazendo a questão das características sonoras, os sons estão presentes e se difundem: um som não desejado pode atrapalhar outro que é desejado, não importa o direcionamento do microfone. Já na imagem, o enquadramento da câmera toma conta do recorte. Por isso o espaço acusticamente planejado de um estúdio e das mantas e tecidos para captação de som direto.
A questão do controle no som direto e na pós-produção de som é importantíssima para o resultado final ficar bom, ou minimamente aceitável - visto que uma fala ininteligível (dentre muitas outras coisas relativas ao som) pode despertar o espectador, retirando-o do filme.
O som deve ser captado o mais claro possível para chegar na pós e as ambiências e efeitos adicionados darem maior espacialização do lugar e terem sua intensidade controlada. É também na edição de som que os planos ganham sequência temporal, os cortes da montagem são ressaltados ou escondidos - tudo para dar impressão de uma unidade do filme ou vídeo, organizados em planos pela decupagem, gravados em uma sequência específica. E é também o controle da intensidade de volume, reverberação e outros efeitos que fazem a obra ter uma estrutura audiovisual - de acordo com a proposta estética da realização como um todo.
Esse controle não acontece no dia-a-dia. A linguagem audiovisual pede esse controle para que ocorra a imersão do espectador; e também não podemos 'mixar' o mundo.